Controle de qualidade: O primeiro ponto que você precisa conhecer é sobre a obrigatoriedade exigida pela RDC 302/2005, esta lei exige que todos os exames realizados pelo laboratório, devam ser validados pelo uso do controle interno, portanto, toda vez que for realizar a dosagem de qualquer analito, deve-se primeiro fazer uso do controle interno. Os manuais de boas práticas para laboratório sugerem que sejam usados no mínimo 2 níveis de controles.
Controle Interno da Qualidade: É uma amostra de valor conhecido com a finalidade de se avaliar se um sistema analítico está operando dentro dos limites de tolerância pré-definidos.
Todo sistema analítico apresenta uma imprecisão analítica inerente, portanto é preciso que se monitore o sistema regularmente para fazer os ajustes necessários.
A melhor ferramenta para se avaliar o controle interno é utilizando as Regras de Westgard através da análise dos dados no Gráfico de Levey Jennings.
Controle externo da Qualidade: também conhecido como Avaliação Externa da Qualidade, através dos ensaios de proficiência possibilita a avaliação do desempenho dos sistemas analíticos utilizando ferramentas de comparação interlaboratoriais ou através da análise de padrões certificados, desta forma você pode comprara a exatidão dos exames do seu laboratório, comparado com os demais laboratórios.
Calibradores: O calibrador, também chamado de padrão, possui uma quantidade conhecida de um determinado analito, e essa quantidade é informada ao equipamento para que seja usado como um valor de referência, ou seja, vai ser transferido exatidão ao seu sistema analítico, para ajustar a medição dos parâmetros para o mais próximo do valor real.
Ao se calibrar um aparelho ele faz uma relação entre o valor do calibrador com as demais dosagens para chegar ao valor do analito.
Por mais que tenham a mesma função, existe uma diferença entre padrão e calibrador quanto à sua composição. O padrão geralmente é uma solução aquosa (matriz não proteica) e normalmente serve para apenas um parâmetro. O calibrador, por sua vez apresenta matriz proteica e geralmente serve para calibrar um ou mais parâmetros.
Branco: Solução que contém todas as espécies químicas menos a substância a ser dosada (serve para zerar o aparelho).
Branco de método: é uma amostra que contém todos os constituintes exceto o analito, e deve ser usada durante todas as etapas do procedimento analítico.
Branco para reagente: é semelhante ao branco de método, mas ele não foi submetido a todos os procedimentos de preparo de amostra. As interferências decorrentes das características das amostras podem, a princípio, ser reduzidas pelo uso de métodos analíticos que empreguem a leitura do branco.
Calibração: De acordo com o INMETRO, é o conjunto de operações que estabelece, sob condições especificadas, a relação entre os valores indicados por um instrumento de medição ou sistemas de medição ou valores representados por uma medida materializada ou material de referência, e os valores correspondentes das grandezas estabelecidas por padrões.
a) Calibração Pontual – determina-se o valor de uma constante K com um único padrão, a qual expressa a relação entre a medida instrumental e a concentração do analito de interesse.
b) Calibração Multipontual – calibração com mais de dois padrões.
O método mais empregado consiste na calibração multipontual com até 5 níveis de concentração, podendo apresentar uma relação linear (sensibilidade constante na faixa de concentração de trabalho) ou não-linear (sensibilidade é função da concentração do analito).
Reação de ponto final: A quantidade do produto final reflete a reação de todo o analito presente na amostra.
Reação cinética contínua: Esta reação pode ser crescente ou decrescente. É uma reação que após um período inicial de estabilização adquire velocidade constante que se mantem enquanto existir quantidade suficiente de substrato. As medições devem ser realizadas no intervalo onde a velocidade é constante. A diferença de absorbância entre dois intervalos é o chamado delta da reação, utiliza-se para o cálculo.
Reação cinética de 2 pontos: Realiza-se a primeira medição após um curto período de estabilização, e uma segunda medição após o intervalo cinético apropriado. A diferença de absorbância entre os dois intervalos (delta) da reação é utilizada como cálculo.